NAVIO-HOSPITAL "GIL EANNES"!

CARATERÍSTICAS


a) - Construido nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo;
b) - Foi lançado à água no ano de 1955;
c) - Esteve ao serviço entre os anos de 1955 e 1973, inclusivé;
d) - Atualmente serve como navio-museu;
e) - Deslocava 4 854 toneladas;
f) - O seu comprimento é de 98,450 metros;
g) - Tem de boca 13,716 metros;
h) - O seu calado é de 2,40 metros;
i) - A propulsão era feita através de dois motores de 1400 BHP, cada;
j) - A velocidade máxima atingida era de 12,50 nós.

O NAVIO

* O "Gil Eannes" foi um navio-hospital português. Nos nossos dias encontra-se fundeado no porto de pesca da cidade de Viana do Castelo, tendo como função servir de museu e Pousada de Juventude.
* No século XX existiram duas embarcações com bandeira portuguesa com a designação de GIL EANNES e a mesma função de navio-hospital, sendo que ambas prestaram apoio às atividades relacionadas com a pesca do bacalhau, em águas da Terra Nova, no Grande Banco e na Gronelândia. A função justificava-se em pleno, uma vez que os pesqueiros portugueses encontravam-se - por rotina - isolados por longos meses naquelas longínquas águas.
* Assim, o primeiro navio a receber aquele nome foi o "Lahneck", que pertencia ao Império Alemão e foi apreendido na sequência da entrada de Portugal na Primeira Grande Guerra Mundial (no ano de 1916), que foi transformado, primeiramente, em cruzador auxiliar da Marinha Portuguesa. Posteriormente, já no ano de 1927, zarpou pela primeira vez para a Terra Nova - após haver sido adaptado a navio-hospital em estaleiros dos Paises Baixos. Em 1955 foi substituido por uma nova embarcação homónima, construida de raiz nos "Estaleiros Navais de Viana do Castelo". Ao longo da sua existência, serviu ainda como navio-capitania, navio-correio, navio-rebocador e até, quebra-gelos, assegurando o abastecimento de mantimentos, redes, material de pesca, combustível, água potável e isco aos bacalhoeiros.
* Após o ano de 1963 passou a efetuar viagens comerciais como navio-frigorífico e de passageiros entre as campanhas de pesca, tendo efetuado a sua última viagem à Terra Nova em 1973, ano em que também fez uma viagem diplomática ao Brasil com o recém-nomeado (no ano anterior, 1972) embaixador de Portugal em Brasília de então, Professor Doutor José Hermano Saraiva (recentemente falecido).
* Depois desta última viagem perdeu as suas funções, ficando ancorado no porto de Lisboa, no mais completo estado de abandono, tendo sido vendido para abate, como sucata, já em 1977.
* Perante este fim inglório para a embarcação e a escassos dias da sua já programada destruição, graças a um apelo feito por aquele grande historiador (ex-embaixador) num dos seus programas, a comunidade vianense mobilizou-se para o resgastar, concebendo um projeto para ser exposto no porto de mar da cidade, como tributo ao passado marítimo grandioso desta cidade, tornando-se numa das suas principais atrações turísticas.
* Deste modo, em 1998 foi reabilitado nos estaleiros onde havia sido construido, com o apoio de várias instituições, empresas e cidadãos anónimos, sendo gerido pela "Fundação Gil Eannes" expressamente criada para esse fim.

O INTERIOR

Vista da ré para a proa, no porto de pesca

Vista geral lateral, no sentido da proa para a popa.
Para quem esteve condenado à sucata, faz vibrar
qualquer visitante com a sua imponência e boa
conservação.
* Na visita à embarcação destacam-se os espaços da ponte de comando, da cozinha, da padaria, da casa das máquinas, do consultório médico, da sala de tratamentos, do gabinete de radiologia, além de diversos camarotes e salas que vão servindo para exposições temporárias. Conta também com uma Sala de Reuniões (a antiga sala de jantar dos oficiais), loja de recordações, bar/esplanada e uma Pousada de Juventude com sessenta (60) camas, localizada nas antigas enfermarias e camarotes. 

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